Chegam as acácias

Uma espécie de acácia muito resistente ao vento, crescimento muito rápido e que, se não podada se esparrama perto do chão, foi importada pelos uruguaios para proteger Punta del Este do vento forte e fixar as dunas. Diz a lenda que suas sementes vieram pelo vento e começaram a crescer no litoral gaúcho. Se é verdade, não sei. Também não sou botânica nem conheço denominações das plantas. O conhecimento que tenho é puramente empírico, tentativa e erro. Aqui em casa , experimentamos o plantio de muitas árvores, sempre sem sucesso, até perceber que este tipo de acácia, chamada de acácia da praia, esponjinha, amarelinha, blakei, entre outros nomes, resistia bem ao vento e poderia proteger as frágeis mudinhas que plantávamos.

Duas mudas pequenas que trouxemos para nosso pátio originaram as centenas de novas plantinhas que esparramamos pelo nosso pátio, pela praça e terrenos em volta. Ela cresce muito rápido e seu tronco não aguenta o peso da copa larga. Quebra com facilidade e não tem vida longa. Mas, enquanto cresce, proporciona uma barreira excelente para o vento, permitindo que outras árvores, principalmente as nativas, como a aroeira, se desenvolvam .

No início, todas as incipientes plantinhas estavam protegidas por uma garrafa pet, com fundo cortado, para ficarem protegidas tanto do vento nordeste como dos ciclones, tão comuns por aqui. Entre as fileiras de casuarina e de acácia da praia, começamos a plantar aroeiras, palmeiras, maricás, pitangueiras, cerejeiras, goiabeiras, amoreiras, araçazeiros, e tantas outras que parentes e amigos mandavam, sensibilizados com nosso entusiasmo por uma praça que não existia e por árvores que chegavam a 20 ou 30 centímetros de altura!

Por enquanto estas árvores nativas ainda são pequenas - falta muito pra aproveitar suas frutas - , mas, enfim, estão conseguindo crescer. Mas já podemos sentar à sombra das acácias, casuarinas, eucaliptos e maricás para admirar o pôr do sol na Serra do Mar.